quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A situação das polícias científicas no Brasil

Transcrevo, abaixo, notícia vinculada pelo jornal Estadão em 29 de setembro de 2011. Curiosamente, as polícias científicas jamais se encontraram tão em evidência quanto agora, atreladas a séries policiais norte-americanas. Contudo, a escassez de recursos, o descaso e a desorganização minam sua atuação, enfraquecendo o coração da investigação policial - o Laudo Pericial. Os serviços periciais, essenciais à atuação da Polícia Judiciária e do Ministério Público, permanecem negligenciados, comprometendo a elucidação de crimes.


A situação das polícias científicas
29 de setembro de 2011 | 8h
 
Além da falta generalizada de laboratórios e equipamentos especializados e de um déficit de 30 mil peritos para atender às necessidades das Secretarias da Segurança Pública, o Brasil ainda não dispõe de uma lei federal que regulamente o setor, definindo um modelo de polícia científica para todos os Estados. A maioria dos Institutos Médico-Legais funciona em prédios deteriorados, carece de pessoal especializado, não segue procedimentos uniformes nas perícias e não dispõe de condições mínimas de realizar exames complementares com o objetivo de permitir às polícias a conclusão de inquéritos criminais.  
O diagnóstico é da Associação Brasileira de Criminalística (ABC), a entidade que representa os peritos das polícias estaduais, e foi publicado pelo jornal O Globo. Atualmente, o País tem 6,5 mil peritos. Para seguir as determinações da ONU, que prevê 1 perito por 5 mil habitantes, seria necessário quintuplicar o número desses profissionais. 
Para atender uma população de 3,1 milhões de habitantes, por exemplo, o Piauí tem apenas 21 peritos. Pelas estimativas, só a capital, Teresina, necessitaria de pelo menos 88. "Você acha que, no sertão, mandam para perícia o corpo de toda vítima de assassinato? Nem solicitam, porque sabem que não vai ter quem faça, a não ser que seja familiar de alguém importante", afirma o presidente da ABC, Iremar Paulino.
Alagoas, que foi apontado como o Estado com os maiores índices de criminalidade pelo último Mapa da Violência, do Ministério da Justiça, tem 34 peritos. "Em Sergipe, até um ano atrás, o Estado nunca tinha feito concurso para perito", diz Guaracy Mingardi, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
No Nordeste, a maioria dos peritos está concentrada nas capitais. A situação na região é tão crítica que, em alguns Estados, os serviços de criminalística não estão aparelhados nem mesmo para analisar manchas de sangue, sendo obrigados a enviar para os Institutos Médico-Legais de outros Estados amostras para exame de DNA. Nos casos de homicídio, faltam até funcionários para isolar o local do crime, impedindo a contaminação de provas.
A polícia científica é decisiva para a elucidação de crimes - e, por tabela, para a atuação da Polícia Judiciária e do Ministério Público. O assassinato da juíza fluminense Patrícia Acioli foi esclarecido graças a uma perícia conduzida de maneira exemplar. Além do exame cuidadoso do local, do carro e do corpo da vítima, foram analisados dados de mais de 3 milhões de telefones celulares. Foi a partir desses dados que a política identificou - com provas - o envolvimento de policiais militares no planejamento e na execução do crime. 
No entanto, em quase todos os Estados esse tipo de trabalho é exceção, e não regra. Para as Secretarias da Segurança Pública, o desafio é fazer os Institutos Médico-Legais funcionarem independentemente da condição social das vítimas de estupro, homicídio e latrocínio. "O crime envolvendo a juíza Patrícia Acioli não foi tratado como mais um. Quando a máquina se esforça, as respostas aparecem", diz Erlon Reis, da Associação de Peritos do Rio de Janeiro. 
Por causa da negligência dos governos estaduais com serviços de perícia criminal, o Brasil é um dos países com menor taxa de elucidação de crimes em todo o mundo. Em média, as polícias brasileiras conseguem elucidar apenas 5% dos crimes; nos Estados Unidos, o índice é de 65%; na França, 80%; e na Inglaterra, ele é superior a 90%. Em São Paulo - o Estado que dispõe da melhor infraestrutura em matéria de criminalística e medicina legal -, a taxa de resolução de homicídios é muito baixa, de 10% a 12%. No Rio de Janeiro, ela é de 3% a 4%.
O Estado de São Paulo tem mais de 45 milhões de habitantes e deveria ter 9.000 peritos (peritos criminais e médicos legistas). Tem apenas 1800  cargos, sendo que 45% estão vagos devido à falta de concursos e ao elevado número de aposentadorias. Os profissionais da ativa estão desmotivados devido a fatores diversos tais como baixos salários, administração incompetente, excesso de serviço e falta de recursos técnicos. Tudo que a mídia vem publicando com relação à Polícia Científica de São Paulo é fantasioso.
Além da escassez crônica de recursos, contribuem para a situação crítica em que se encontram as polícias científicas animosidades corporativas e obstáculos jurídicos. Os delegados, por exemplo, não admitem que as polícias científicas sejam independentes da Polícia Civil como recomendam os especialistas. E, invocando o princípio constitucional da autonomia federativa, muitos Estados se opõem à adoção de um modelo único para o setor.

domingo, 25 de setembro de 2011

Hapkido


O Hapkido é uma arte marcial coreana centrada na defesa pessoal, valendo-se de socos, chutes, rolamentos, esquivas, torções, técnicas de alongamento e respiração. Utiliza técnicas com armas diversas, como bastões, espadas, facas, leques e bengalas. Em verdade, os praticantes aprendem a usar praticamente qualquer objeto para sua defesa. Tem em seu treinamento o estudo de acupuntura e pontos de pressão, utilizados em técnicas de imobilização e condução.
Suas origens perdem-se em mitos e histórias. A Coreia (então dividida em três reinos) sofreu grande influência de países vizinhos como a China e o Japão, surgindo diversos estilos, tendo os chutes como forte característica. Na década de 60, foi criada a The Korea Hapkido Federation, a primeira organização mundial de Hapkido. Na direção, Dae Hoon Choi, Grão-mestre Chong kyu Pak, Grão Mestre Park Sung Jae e Ji han Jae. O primeiro contato com o ocidente deu-se quando a federação enviou 15 de seus membros ao Vietnã para uma demonstração às tropas norte-americanas, vietnamitas do sul e coreanas.
O Hapkido chegou ao Brasil, oficialmente, em 1971, em São Paulo, com o Grão-mestre Park Sun Jae, representando a Hapkido Korea Association. Em 1972, chega o Grão-mestre Park Sung Jae, apresentando-se ao alto comando do exército e oferecendo-se para ensinar a arte aos militares brasileiros. Organizou-se uma demonstração e, para espanto de todos, Grão-mestre Park Sung Jae dominou a todos que o atacavam, levando-os ao solo. Solicitado para que repetisse a proeza, os militares que o atacaram, recusaram-se, em função dos fortes golpes que haviam sofrido. A partir de então, passou a ensinar a uma equipe do exército brasileiro. Em 1977, chegou, em São Paulo, o Grão-mestre Yun Sik Kim, representante da escola Bum Moo Hapkido, com uma multiplicidade de técnicas de controle e imobilização, desenvolvendo-se em pé e no solo.
A graduação apresenta uma pequena variação, de acordo com o estilo adotado, da faixa branca à preta.

Para se conhecer melhor essa interessante arte marcial, sugiro:

CALDAS JR, Paulo. Hapkido - O caminho da energia coordenada. On Line Editora. 2006.

sábado, 24 de setembro de 2011

Kubotan


Kubotan foi uma ferramenta idealizada por Soke Takayuki Kubota, para policiais conterem suspeitos sem que houvesse a necessidade de lhes causar lesões graves ou permanentes. Tornou-se popular na década de 70, quando foi adotado pelos policiais de Loas Angeles, Estados Unidos, recebendo treinamento de seu criador. Gradualmente, foi extendido a civis para a auto-defesa. É utilizado em pontos de pressão (pontos dolorosos), quebrando a resistência do agressor/suspeito. Assim, tornou-se também conhecido como instrumento de ajuste de atitude. Hoje, é uma ferramenta reconhecida e adotada por diversos sistemas de defesa pessoal, como o Pencak Silta, Modern Arnis, Krav Maga, ATK, Ju-Jutsu, sendo também utilizado no Karate e no Jiu-Jitsu.
O kubotan era, inicialmente, um cilindro simples, de 14 cm por 1,5 cm, de polímero rígido. Hoje, encontramos de 13 a 15 cm de comprimento por 1 a 2,5 cm de diâmetro, dependendo do material adotado.  As áreas principais de ataque compreendem alvos ósseos, nervos, articulações, nariz, olhos, estômago e garganta. Produz uma dor extrema, causando incômodo e facilitando, pela dor, sua imobilização e condução. As técnicas desenvolvidas podem ser aplicadas ao uso de instrumentos improvisados, similares, como canetas, galhos e lanternas. Prendido em um chaveiro, pode ser usado, nessa extremidade, como um pequeno chicote.
Seu uso é amplo na Europa, principalmente entre a polícia francesa e espanhola.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Chin Na

Chin Na, Chi-Na ou Qin Na, é um método de imobilização (Chin significa agarrar ou segurar; Na, controle).Compreende um conjunto de técnicas chinesas de torções, usos de chaves e pontos de pressão, largamente utilizada em diversos estilos de luta chinesas.


Historiadores acreditam que o general Yueh Fei (1003 a 1114 a.C.) aprendeu com o monge Shaolin Jao Tung as 108 técnicas originais de imobilização e torção, conhecidas como Chin Na. O objetivo de um monge Shaolin seria neutralizar o adversário sem a necessidade de feri-lo demasiadamente. Grande parte do apelo desse método reside em usar a força do adversário contra ele mesmo. A inteligência ganharia da força. Os pontos de acupuntura padrão são usados como pontos de pressão. Para cada ataque há um contra-ataque; e para cada contra-ataque, há outro, formando um círculo sem começo nem fim, em um complexo diálogo de combate.
Destacam-se, entre os estilos de Kung Fu, três que enfatizam especialmente tal método:
  • Pai Huo Chuan
  • Fan Tzi len Jao
  • Hung
 Para se conhecer mais, recomendo o livro Analysis of Shaolin Chin Na: Instructor's manual for All Martial Styles (Ymaa Book Series)

domingo, 18 de setembro de 2011

André Jaronski, cuteleiro


Conversava há pouco com André Jaronski, cuteleiro de Ponta Grossa. Impressionou-me a qualidade e a beleza de suas peças. O desenho revela uma clara preocupação com a peça como um todo, revelando harmonia entre suas partes (lâmina, guarda, cabo e pomo, quando presente). Trabalha, normalmente, com peças para caça (bowies) e facas gaúchas. Produz, atualmente, duas peças por semana. Suas lâminas são obtidas a partir de aço carbono, 5160 industrializado e 52100. Lembrando, ainda que se encomendem duas ou três facas de um mesmo modelo e medidas, cada uma apresentará uma pequena variação ou particularidade, tornando-a realmente única, exclusiva. À tudo isso, some-se a simpatia.

Para contato: http://www.facebook.com/profile.php?id=1159957520







sábado, 10 de setembro de 2011

Curso de Aikido em Goiânia

A pedidos, informação sobe Aikido em Goiânia. É ministrado em apenas quatro locais, listados abaixo.

SEST/SENAT - Aikido de Goiânia Dojo II
Avenida Castelo Branco, esquina com a Rua tuiuti, s/n
Setor São Francisco, Goiânia - GO
(62) 8199-9394

Segmento Dojo
Rua Orestes Ribeiro, esquina com a Rua 29, 585
Setor Bueno, Goiânia - GO
(62) 3285-5308

Academia Banzai
Avenida Portugal, 628
Setor Oeste, Goiânia-GO
(62) 3251-4025

Dojo Kanashiro
Rua T-9, esquina com T-53, 175
Setor Marista, Goiânia-GO
(62) 3877-7969

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Libre Fighting - Knife Fighting Aplications

Simplicidade, foco, eficiência e economia - as bases de uma defesa pessoal eficiente



Foco: movimentos dirigidos a alvos específicos
Simplicidade: movimentos curtos (economia), naturais
Eficiência: ataques e defesas capazes de neutralizar o agressor e minimizar danos

sábado, 3 de setembro de 2011

Curso de Krav Maga em Goiânia

A pedidos, informações sobre Krav Maga em Goiânia. É ministrado em apenas dois locais - Academia Ring Star e Dojô Kanashiro, pela instrutora Teomália Barbosa, licenciada pela Federação Sul America de Krav Maga.

Academia Ring Star
Avenida 85, 2839, Setor Marista, Goiânia-GO
(062) 3241-6697 e (062) 3639-4941
Terças e quintas, às 11h00min, 12h00min, 17h30min, 18h30min, 19h30min e 20h30min

Dojo Kanashiro
Rua 9, esquina com T-53, Setor Marista, Goiânia-GO
(062) 3541-3100
Terças e quintas, às 07h00min e Sábado às 08h00min (08h00min - 10h00min)

Dicas de segurança para condomínios

Abaixo, algumas dicas de segurança para condomínios. A segurança é responsabilidade de todos, administradores (síndicos e zeladores), funcionários e moradores.

Para porteiros e vigilantes:

  • Conhecer todos os moradores;
  • Evitar contato direto com desconhecidos e visitantes - mantenha-se em sua guarita, protegido;
  • Não dormir ou distrair-se durante seu expediente;
  • Sigilo sobre os condôminos;
  • Utilizar corretamente os meios de segurança adotados (portão eletrônico, porteiro eletrônico, câmeras e alarmes);
  • Acionar 190 em situações de emergência;
  • A entrada de prestadores de serviço deve ser pré-agendada e mediante identificação (crachá e documentação);
  • Prestadores de serviço devem ter acesso às dependências do condomínio somente devidamente acompanhados;
  • Ao atender estranhos, mantenha o portão fechado. O portão só deve ser aberto com a devida identificação do visitante e autorização do morador. Se há dúvidas quanto à identidade do visitante, o morador deverá descer para sua identificação;
  • Não ficar na calçada com as chaves da portaria na mão ou no bolso.

Para condôminos e moradores:
  • Não entregar suas chaves (do apartamento e veículo) a funcionários do prédio;
  • Obter informações de antecedentes de empregados domésticos, seus endereços atuais e repassar as informações ao síndico;
  • Não permanecer do lado de fora do prédio em horários impróprios;
  • Manter a porta de seu apartamento fechada;
  • Manter os veículos fechados, com o alarme acionado;
  • Avisar ao síndico sobre períodos de afastamento, como férias, limitando ou proibindo o acesso de visitantes (este último, recomendado).

Para zeladores e síndicos:
  • Manter os endereços atualizados dos empregados;
  • Instalar equipamentos básicos de segurança;
  • Manter o equipamento em funcionamento devido (manutenção adequada);
  • Estabelecer sinais com vizinhos e funcionários para denunciar atividades marginais;
  • Estabelecer procedimentos e rotinas de acesso para visitantes e prestadores de serviço;
  • Entregadores não devem subir aos apartamentos;
  • Verificar periodicamente as garagens.

Equipamentos e normas de segurança:
  • O porteiro deve visualizar e estar atento a todas as entradas. Use câmeras caso a visualização direta não seja possível;
  • Jardins e áreas verdes devem ser sempre visíveis;
  • As portarias e guaritas devem estar protegidas;
  • Instalar espelhos retrovisores nas garagens;
  • Reforçar portões e grades se necessário;
  • Instalar fechaduras e chaves de boa qualidade;
  • Instalar circuito interno;
  • Verificar a iluminação de áreas adjacentes ao condomínio;
  • Verificar muros e cercas, incrementando-os se necessário;
  • Instalar porteiro eletrônico ou interfone;
  • Alarmes e sensores de presença devem ser testados periodicamente;
  • Automatizar portas e portões;
  • Utilização de equipamentos de comunicação (walk talkie, telefones);
  • Instalar caixas com portinholas para encomendas.